Ela chega.
Quando menos se espera, ela atravessa a pele.
Se alastra pelo corpo elegantemente, consumindo com um desejo voraz qualquer manifesto de fé.
O chão amolece, o céu desce, a vista embaça, o sangue ferve.
Destrói a mente com graça e ternura. Apaga todos os cálculos, e recomeça uma vida sem usar a razão como guia.
Ai ela vai embora.
Esquece a cama desarrumada, a porta aberta, e até o vestido sobre a mesa.
Mas ela levou a sua razão no bolso, e deixou a bagunça toda pra você.
O mundo endurece.
O edredom não dobra, a porta pesa toneladas e o vestido fica mais bonito.
...O vestido fica sempre mais bonito.
Acho vou deixá-lo onde está.
Afinal, quem sabe um dia ela não possa voltar?
quarta-feira
domingo
Minha ou outra cabeça
É o que falta
A minha cabeça e mais outra...
Pois a minha, sozinha, não serve pra nada.
Não me comunico com pedras, árvores ou mesmo computadores.
Infelizmente eles não retribuem a atenção, embora as vezes pareçam ser os melhores ouvintes.
Cabeças são essenciais.
A minha cabeça e mais outra...
Pois a minha, sozinha, não serve pra nada.
Não me comunico com pedras, árvores ou mesmo computadores.
Infelizmente eles não retribuem a atenção, embora as vezes pareçam ser os melhores ouvintes.
Cabeças são essenciais.
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